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Seu filho já está pronto para cuidar da própria higiene sozinho? Saiba identificar

A terapeuta ocupacional Rafaella Pascarelli diz que é papel dos pais incentivar os filhos a terem autonomia e dá dicas de como torná-los independentes

Rafaella Pascarelli* Publicado em 24/07/2021, às 10h13

A partir dos dois anos de idade a criança já possui condições para começar a fazer a escovação dos dentes
A partir dos dois anos de idade a criança já possui condições para começar a fazer a escovação dos dentes

O desenvolvimento infantil é um processo encantador. A cada dia, a criança faz uma nova descoberta. Porém, alguns desses conhecimentos adquiridos nem sempre acontecem de forma fácil e as crianças precisam de muita prática até conquistarem e concluírem uma nova etapa. E claro que os pais têm um papel muito importante nesse processo, além de sempre comemorar juntos esses novos marcos.

Alguns desses marcos são conquistas apenas da criança e outros dependem dos pais, principalmente em algumas questões de higiene pessoal. Vale lembrar que não existe uma receita pronta do que irá funcionar para todas as crianças. Mas calma! Existem estudos que podem nos ajudar a criar estratégias. Nós, especialistas em Terapia Ocupacional, acreditamos que é papel dos adultos priorizar e incentivar as crianças a terem independência.

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Maria Montessori já dizia: “nunca ajude uma criança em uma tarefa que ela sinta que possa realizar sozinha.” Esta é uma frase que gosto de repetir muito para os pais. A orientação é que os adultos incentivem a autonomia das crianças desde muito novas. O treinamento pode começar bem cedo. Por exemplo, você sabia que a partir dos dois anos de idade a criança já possui condições para começar a fazer a escovação? No começo, ela escovará só os dentes da frente, mas é importante que ela faça sozinha. Os pais devem supervisionar e ajudar com incentivos: “escove os dentes dos fundos também”, “não se esqueça da língua”, e por aí vai. O importante é que a criança comece a criar o hábito.

Estimular a dependência não é positivo. Perceba se você está antecipando uma ajuda e tente mudar. Na terapia ocupacional, nós estimulamos por meio de brincadeiras a independência como, por exemplo, dando banhos em algum brinquedo da criança. Mas os sinais mais claros para conquistar esse marco acontecem no “treino”, ou seja, quando os pais deixam a criança fazer algumas etapas da tarefa sozinha.

Cada criança tem uma habilidade diferente e é preciso reconhecer isso. Caso você perceba que seu filho não tem uma coordenação motora desenvolvida, procure um neurologista. Ele pode indicar a Terapia Ocupacional para trabalhar as A.V.D.s (Atividades de vida diária) adequadamente, conforme a necessidade da criança. Em todo caso, não se esqueça: deixe seu filho tentar primeiro.

*Rafaella Pascarelli, formada em Terapia ocupacional, psicomotricista, especialista em autismo e integração sensorial da clínica ARTE PSICO.

Terapeuta Ocupacional

Crefito 3/SP - 14498 - T.O.

Assista ao Papo de Mãe sobre autonomia. 

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