Uma das formas de promover a prevenção da gravidez na adolescência é informar sobre as opções de contraceptivos para as adolescentes
Redação Papo de Mãe Publicado em 12/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h44
A maioria das adolescentes já ouviu falar da pílula ou da injeção, mas desconhece outros métodos contraceptivos que também podem ser indicados para esta faixa etária.
Adolescentes devem ser sempre orientadas, inclusive para prevenir a gravidez na adolescência. Elas devem começar a usar a partir dos 14 anos, se já tiverem relações sexuais. Todos os métodos podem ser reversíveis, elas podem suspender a qualquer momento. E são métodos que futuramente não vão interferir na fertilidade.
Como a pílula e a injeção já são mais conhecidas, a ginecologista e obstetra Ligia Santos destaca os métodos menos falados:
A adolescente pode utilizar em qualquer parte do corpo este adesivo, com exceção das mamas e plantas dos pés. Esses adesivos são trocados uma vez por semana, sempre no mesmo dia. Neste caso, o anticoncepcional é absorvido pela pele e circula na corrente sanguínea, como a pílula. Os efeitos colaterais são os mesmos da pílula. “Geralmente são coisas simples e facilmente resolvidas, como enjôo ou alteração da menstruação, e ele é muito seguro. O que pode acontecer é uma alergia na pele. A caixa vem com 3 adesivos, ela usa 3 semanas e pausa uma semana para menstruar”, explica a Dra. Ligia.
O anel vaginal é siliconado, pequeno e colocado na vagina. A adolescente não sente nada. O anel dura 3 semanas e no final da terceira semana é preciso puxar o anel e ficar sem durante uma semana para menstruar.
Um fio bem fininho, de 4 cm, que é subcutâneo, colocado na parte interna do braço. Com este implante pode ser até que a mulher não menstrue e ele pode durar até 3 anos.
O DIU é colocado dentro do útero e pode durar de 5 a 10 anos. Tem o DIU normal e o mini-DIU e há vários modelos. Ele pode ser retirado quando a mulher quiser e, segundo a Dra. Ligia, não é necessário ter tido uma gestação antes. A colocação é no consultório médico.
Qualquer decisão precisa ser conversada com o médico ou médica e o sigilo é garantido pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Para a colocação de métodos mais invasivos, é preciso consultar os pais. “Uma boa oportunidade para uma conversa aberta sobre o assunto entre as adolescentes e seus responsáveis”, finaliza a ginecologista.
Lembrando sempre da importância da utilização da camisinha, inclusive para prevenir doenças sexualmente transmissíveis.
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