Com mais de 3 mil acessos, a última edição do evento promovido pelo Instituto Butantan contou com uma programação de férias repleta de atividades gratuitas
Maria Cunha* Publicado em 24/01/2022, às 08h00
De 24 a 28 de janeiro, ocorre mais uma edição do “Férias no Butantan”, promovido pelo Centro de Desenvolvimento Cultural do Instituto Butantan. O evento, que conta com uma programação repleta de atividades gratuitas totalmente online, tem o intuito de aproximar a população da ciência, por meio de ações educacionais virtuais, enquanto os parques do Butantan continuam fechados para o público externo.
"O público infantil aprende e ajuda a divulgar as coisas, principalmente quando compreende a ciência de modo lúdico. A criança é um agente multiplicador das ideias: se uma criança aprende que a vacina é importante, por exemplo, ela ensina isso para os seus pais. Gostaríamos muito que todas as que nos visitam entendessem o valor da ciência e o quanto ela está envolvida diretamente na nossa vida." afirma o diretor Centro de Desenvolvimento Cultural do Instituto Butantan, Giuseppe Puorto.
Através da contação de histórias, oficinas, teatro, webinar e palestras, os temas irão abordar a importância da organização e preservação dos patrimônios documentais das instituições científicas como o Butantan, assim como mostrar as diferenças dos soros produzidos pelo Instituto e o propósito deles.
O público também poderá acompanhar lives com pesquisadores sobre as diferentes vacinas produzidas pelo órgão e contar, ainda, com uma demonstração de como é feita a extração do veneno da jararaca. Além disso, os educadores do Museu de Microbiologia irão ensinar o público a construir a representação de um vírus com materiais caseiros, com o objetivo de explicar conceitos da microbiologia de forma lúdica.
O Butantan espera repetir o sucesso da última edição, que contou com mais de 3 mil acessos em 24 transmissões. O acesso ao evento será pela plataforma Zoom e, em alguns casos, com limite de público. Toda a programação terá tradução em Libras e algumas atividades fornecerão certificados aos participantes.
“A programação traz temas que são atuais e sempre instigam a valorização da ciência em prol da população. Nossa expectativa para a próxima edição, em julho, é que seja um evento híbrido”, conclui Giuseppe Puorto.
Segunda (24)
Essa é a história de um menino que tem medo de injeção e de sua irmã, que é muito corajosa e vai ensiná-lo sobre como a vacina protege nosso corpo. Depois do vídeo, um jogo da memória será realizado para ensinar sobre a relação dos microrganismos com o corpo humano.
Neste webinário, alguns mitos que foram espalhados nas mídias sociais sobre as vacinas contra a Covid-19 serão desvendados. Essas fakes news comprometeram o alcance da vacinação, pois muitas pessoas acreditaram nelas e decidiram não se vacinar. A participação no evento é limitada a 200 pessoas, mas não é preciso se inscrever.
Terça (25)
O teatro vai mostrar a história de um casal que trabalha no campo e se depara com a serpente Judite. Após o encontro, os dois vão para uma viagem onde conhecem a história e a biodiversidade do Butantan.
Quarta (26)
A atividade vai mostrar em vídeo como é feita a extração de veneno da jararaca. Depois, haverá um bate-papo com o diretor do Centro de Desenvolvimento Cultural do Butantan, Giuseppe Puorto, que falará sobre a relação entre o instituto e as serpentes, a participação desses animais na produção do soro antiofídico e a importância deles para o meio ambiente.
Nesta palestra, a gerente de produção do Núcleo de Produção de Soros do Butantan, Fan Hui Wen, vai mostrar as diferenças dos soros produzidos pelo Butantan e o propósito deles, enfatizando a atuação dos imunobiológicos no tratamento de doenças infecciosas e acidentes com animais peçonhentos. O evento terá capacidade máxima de 200 participantes.
Quinta (27)
A oficina vai abordar a importância da organização e preservação dos patrimônios documentais das instituições científicas como o Butantan. O objetivo é trabalhar a imaginação e a memória dos participantes em relação aos objetos do seu cotidiano.
A apresentação vai mostrar a história da professora Noêmia Cruz que iniciou, em 1932, uma prática pedagógica rural no grupo escolar que funcionava dentro do Butantan, e a trajetória do próprio grupo escolar. Haverá certificado de participação aos que solicitarem.
Sexta (28)
A oficina vai ensinar como montar um modelo do bacteriófago, um tipo de vírus que ataca bactérias, utilizando materiais caseiros. Para participar da atividade, serão necessários os seguintes materiais: 2 gominhos da caixa de ovo, massinha de modelar, 1 palito de dente, cola branca ou cola bastão, 6 arames de plástico (se forem pequenos) ou 3 (se forem grandes) e tesoura.
Serão apresentadas todas as vacinas produzidas pelo Instituto Butantan e as particularidades de atuação no corpo humano, como é sua produção, os estudos em andamento, entre outros assuntos.
*Maria Cunha é repórter do Papo de Mãe
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