A pediatra Rafaella Gato revela que há um efeito analgésico na amamentação, muito benéfico na hora de o bebê ser vacinado
Dra.Rafaella Gato Publicado em 22/07/2021, às 07h00
Dúvida frequente no consultório, naquele questionamento pelos corredores do hospital ou numa rodinha com amigos. Todos sabem que eu defendo e oriento nas consultas, e também para quem quiser ouvir, que os bebês que são amamentados recebam as vacinas mamando no peito! Os estudos científicos pelo mundo demonstram há um bom tempo, que existe um poder analgésico da amamentação neste momento tenso (e super necessário!) da vida do bebê e muitas vezes da sua família.
Mesmo com a vacina do Rotavírus, tendo escutado cada vez mais essa história de que não pode amamentar meia hora antes ou depois... Mas porque isso? Penso que talvez seja pelo risco que o bebê possa regurgitar após a vacinação pelo desconforto ou por simplesmente chorar. Porém, amamentar está aí ajudar exatamente nisso e diminuir o desconforto!
Claro que de barriguinha muito cheia isso pode acontecer mesmo, mas só usar o bom senso neste momento.
Na própria bula da vacina está a orientação de não repetir a dose caso o bebê regurgite ou até mesmo vomite.
Dessa forma, existem muito mais prós dos que contras em amamentar o bebê antes e após qualquer vacina. Conforto e apego não fazem mal para ninguém. Tetê sim! Vacina sim!!
*Dra. Rafaella Gato é pediatra e cardiologista infantil do Saúde4Kids (@saude4kids_)
Clique aqui para ver o calendário de vacinação infantil 2021, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria.
Logo após a confirmação da gravidez, a gestante deve procurar uma unidade básica de saúde para iniciar o pré-natal. O acompanhamento permite identificar e reduzir muitos problemas de saúde que podem acometer a saúde da mãe e da criança. Possíveis doenças e disfunções podem ser detectadas e tratadas precocemente.
A vacinação é parte fundamental deste cuidado. A imunização durante a gestação protege não somente mãe, mas também o bebê. A gravidez e a amamentação ajudam a proteger a criança até ela poder começar a vacinação infantil.
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde recomenda quatro vacinas neste período: a influenza; hepatite B; dupla adulto (difteria e tétano – dT); e a difteria, tétano e coqueluche (dTpa).
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