Prefeitura de São Paulo apoia campanha de divulgação sobre a Síndrome de Rett
Mariana Kotscho* Publicado em 28/10/2021, às 12h10
A Síndrome de Rett se caracteriza por uma severa desordem do neurodesenvolvimento, na maioria das vezes provocada por mutação no gene MECP2. A prevalência desse transtorno é de uma em cada 10 mil a 20 mil pessoas do sexo feminino. Trata-se da segunda principal causa genética de deficiência intelectual em meninas. Mas também existem meninos com Rett. Estima-se que o Brasil tenha 3 mil pessoas acometidas por essa doença rara.
Pouco se fala sobre a síndrome, não há muitas pesquisas e o desconhecimento ainda é grande. As manifestações clínicas da doença são multissistêmicas, geralmente complexas e graves. Com tudo isso, é necessário por parte dos profissionais de saúde de diversas áreas um preparo maior para identificação e acompanhamento correto dos pacientes.
Neusa Faria Perroni é agente de organização escolar e sou voluntária da Abre-te, Associação Brasileira de Síndrome Rett.
A filha dela, Ingrid, de 33 anos, nasceu bem, de uma gravidez sem intercorrências, como normalmente acontece com os bebês que têm esta síndrome. Aos 2 anos, Ingrid começou perder o controle da função motora, parou de comer sozinha , teve convulsões, parou de falar e ficou totalmente depende. "Só fiquei sabendo do diagnóstico dela quando ela tinha sete anos", conta Neusa.
Hoje, a Ingrid continua dependente mas está mais esperta e presta muita atenção nas coisas e nas pessoas. Tem um olhar muito expressivo e se comunica muito pelo olhar. Dentro do que pode acontecer para a pessoa que tem a Síndrome de Rett, ela está muito bem."(Neusa Faria Perroni)
Como mãe e voluntária, Neusa se envolveu totalmente com a causa: "Trabalho para a causa com amor, pela minha filha e por todas as outras pessoas que têm a Síndrome".
A Prefeitura de São Paulo vai realizar, no próximo dia 30, sábado, projeções com a cor roxa em vários pontos da capital. Entre eles estará o Edifício Matarazzo, sede da própria prefeitura; o Viaduto do Chá e a Biblioteca Mario de Andrade, além da Ponte Estaiada (Ponte Octávio Frias de Oliveira) e do Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera.
A iluminação especial, que também será feita em sete hospitais da cidade, faz parte da campanha “Toda pessoa com Rett tem o poder de transformar vidas”, promovida pela ONG ABRE-TE – Associação Brasileira de Síndrome de Rett, já outubro é o mês de conscientização desta doença.
Ser referência na promoção da saúde, aprendizagem e exercício de cidadania para indivíduos com a Síndrome de Rett em todo o território nacional, para que possam ser incluídos na sociedade com o respeito que suas diferenças merecem, faz parte da missão da Organização Não Governamental (ONG) Associação Brasileira de Síndrome de Rett – Abre-Te.
A instituição, localizada em São Paulo, subsidia atualmente 437 famílias de pacientes com acolhimento e promove a divulgação de conhecimentos sociais e científicos em todo o território nacional. Foi fundada por familiares de pacientes e voluntários.
abrete@abrete.org.br
Instagram e Facebook: @abretesp
Mãe faz apelo por medicação oftalmológica de R$ 2 milhões para as filhas: ‘É uma corrida contra o tempo’
Projeto Laços: a conexão entre pais de crianças com doenças raras
Lei que amplia o teste do pezinho é sancionada
Dia Mundial das Doenças Raras
Existem raros entre nós!