A cardiologista infantil e pediatra Ana Laura Kawasaka fala sobre estudo que aponta segurança e benefícios dos treinos de força para crianças e adolescentes
Ana Laura Kawasaka* Publicado em 12/08/2021, às 15h02
Estudo publicado em junho na revista Pediatrics analisou a segurança, benefícios e implementação de exercícios de resistência (força) para crianças e adolescentes.
Treinos de força envolvem exercícios com carga de resistência, desde o próprio peso corporal até bolas, barras, equipamentos com carga, halteres ou elásticos.
Alguns benefícios desse tipo de treino para quem já pratica algum esporte são: melhora da coordenação motora, preparo físico, ganho de velocidade e força, redução do risco de lesões.
Há também benefícios para a saúde incluindo condicionamento cardiovascular, composição corporal, densidade óssea, sensibilidade à insulina em crianças e adolescentes com sobrepeso, aumento de resistência a lesões e ganhos para a saúde mental.
Treinos de força podem ter maior aceitação e adesão em crianças com sobrepeso ou obesidade, que tem resistência a treinos aeróbicos.
Após anos de estudo, é atualmente aceito que crianças e adolescentes podem sim aumentar a força em treinos de resistência, sem o crescimento de lesões se bem supervisionados e com ênfase em técnicas corretas. Pelo contrário, o risco de lesões diminui com o ganho de força! Portanto, é indicado que as crianças façam algum tipo de treino de força nas aulas de educação física, não apenas atividades aeróbicas.
Deve-se, no entanto, evitar cargas altas por tempo prolongado e sempre respeitar o tempo de recuperação entre os treinos. Excesso de treino e falta de supervisão com técnicas erradas podem provocar microfraturas ósseas, que podem prejudicar o crescimento da criança.
A importância de se manter fisicamente ativo é indiscutível! Um treino de força feito adequadamente e com supervisão pode trazer muitos benefícios na infância.
*Ana Laura Kawasaka, mãe, cardiologista infantil e pediatra do Saúde4kids.
Saúde4kids – O amor à medicina uniu as médicas: Fernanda, Rafaella e Ana. Além da vocação em servir aos pequenos, elas tinham outra certeza: precisavam ajudar as mamães. Perceberam que muitas estavam perdidas nesse caminho cheio de novidades e incertezas que é a maternidade e, na busca por informações, as mamães se perdiam ainda mais.
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