Papo de Mãe

​A ansiedade que habita em nós

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil vive uma epidemia de ansiedade: são cerca de 18,6 milhões de brasileiros, ou seja, 9,3% da população convive com o transtorno.

Roberta Manreza Publicado em 22/06/2020, às 00h00 - Atualizado às 11h45

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22 de junho de 2020


Por TV Cultura, 

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De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o Brasil vive uma epidemia de ansiedade: são cerca de 18,6 milhões de brasileiros, ou seja, 9,3% da população convive com o transtorno.

Um dos causadores da ansiedade nos dias de hoje pode ser o excesso de tecnologia. Por isso, vamos ficar atentos ao uso que fazemos de celulares e computadores. E as horas que passamos nas redes sociais ou em jogos eletrônicos? Ainda mais agora com o isolamento social e ensino remoto.

Desligar-se de tudo isso, ou desligar tudo isso, de vez em quando, é extremamente necessário. Inclusive para as crianças, que também podem desenvolver quadros de ansiedade.

De acordo o dr. Miguel Angelo Boarati, psiquiatra da infância e adolescência, que já participou do programa Papo de Mãe: “A ansiedade está frequentemente presente em crianças, especialmente quando estão sob forte estresse emocional ou quando as pessoas à sua volta, especialmente os pais, estão vivenciando problemas e conflitos. Nesse momento de pandemia e afastamento social, muitas crianças vêm apresentado queixas ansiosas sendo as mais comuns os medos (de ficar doente ou de perder os pais), sentimentos de angústia, problemas físicos como insônia, palpitação e falta de ar, além de dificuldade para se divertir ou relaxar”.

“Essas queixas podem se intensificar num nível que se transforme em um transtorno de ansiedade, doença psiquiátrica que exigirá tratamento especializado, uma vez que causa grande sofrimento e prejuízo às crianças e aos seus pais”, complementou.

Existe uma ansiedade até saudável, aquela que nos deixa alertas e nos move para realize coisas. Mas quando a ansiedade passa a apresentar sintomas físicos e chega a prejudicar tarefas e relacionamentos, é um sinal de alerta.

Se você é daqueles que, ao acordar, a primeira coisa que faz é checar o WhatsApp, isso já é um sinal de alerta.

A dependência dos eletrônicos pode ser realmente prejudicial à saúde.

Sendo assim, vamos fazer um esforço e desconectar um pouco. Desacelerar é preciso para garantir nossa saúde física e mental. Nossa e de nossos filhos e filhas.

Fica como dica o programa Papo de Mãe sobre a prevenção da depressão e do suicídio entre adolescentes, com a participação do dr. Miguel Angelo Boarati, que colaborou com este artigo.



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