Dor nas costas durante a adolescência. Porque estes casos aumentam?
Roberta Manreza Publicado em 11/04/2019, às 00h00 - Atualizado às 13h05
Por Bernardo Sampaio*, fisioterapeuta
Dor nas costas durante a adolescência. Porque estes casos aumentam?
O período de crescimento das crianças é responsável por mudanças significativas no corpo. Onde a atenção com a saúde tem que ser redobrada, o corpo está se formando e com isso passando por inúmeras mudanças, tanto internas como externas.
Um grande vilão da saúde da coluna é a escoliose, que pode se tornar um problema maior se não tratado, levando sequelas para o resto da vida.
O fisioterapeuta Bernardo Sampaio, aborda essa temática e desmistifica, dando dicas de cuidados e auxílios no crescimento saudável.
Estirão de crescimento e má postura podem ser os principais vilões da juventude
No período que antecede a puberdade, o rápido crescimento ósseo e a dificuldade do músculo de acompanhar esse desenvolvimento, costuma provocar desconforto nos adolescentes, que passam a andar em sua grande maioria, curvados, até que consigam se acostumar com o seu novo tamanho.
“No período em que a criança ‘estica’ chegando a sua média estatura, normalmente doenças nos ossos e músculos costumam ser silenciosas e observar o desenvolvimento corporal é um dos caminhos” – explica o fisioterapeuta Bernardo Sampaio.
A coluna vertebral é responsável pela sustentação do corpo, assim como auxilia nos movimentos dos braços e pernas. O que é preciso se atentar, é que nesta idade, os adolescentes estão com as articulações “novas” e por isso, não deveriam sofrer com dores. “Mas, se somarmos a má postura com o alto índice de sedentarismo na juventude, podemos encontrar um dos motivos do aumento de adolescentes em clínicas de fisioterapia com dores nas costas” – pontua.
Ativar a musculatura postural através de atividades físicas e exercícios que recuperem a capacidade de se movimentar livremente é uma excelente dica, assim como ter consciência corporal para evitar ficar longos períodos em posturas estáticas.
Por se tratar de uma deformidade na curvatura da coluna, os danos podem ser sentidos a curto, médio e principalmente a longo prazo. Seus sintomas são indolores e podem ser percebidos através da falta de alinhamento dos ombros e quadris e a curvatura mais predominante para um dos lados.
*Bernardo Sampaio (Crefito: 125.811-F): fisioterapeuta, diretor regional da Associação Brasileira de reabilitação de coluna – ABR Coluna e responsável pela Unidade de Guarulhos do ITC Vertebral e do Instituto Trata. O profissional possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte, além de especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Graduado pela PUC- Campinas com formação em osteopatia clínica pela Académie de Thérapie Manuelle Et Sportive (Belgica), é também autor do artigo Whiplash no livro hérnia de disco e dor ciática do Dr. Helder Montenegro.
www.institutotrata.com.br e www.itcvertebral.com.br