Se para um adulto é difícil entender a quarentena imagine explicar a situação para uma criança? Para minimizar os impactos de um aniversário sem amiguinhos, a administradora de empresas Amanda de Mendonça, 27 anos, buscou uma alternativa diferente de presente para seu filho Guilherme, que completou cinco anos durante a pandemia: um livro personalizado.
Roberta Manreza Publicado em 16/06/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h45
Por Ivy Farias*, jornalista, estudante de Direito e escritora
Se para um adulto é difícil entender a quarentena imagine explicar a situação para uma criança? Para minimizar os impactos de um aniversário sem amiguinhos, a administradora de empresas Amanda de Mendonça, 27 anos, buscou uma alternativa diferente de presente para seu filho Guilherme, que completou cinco anos durante a pandemia: um livro personalizado.
“Escutei a história e entendi o que aquela mãe precisava no momento: resignificar a história do próprio filho que teria um capítulo importante chegando”, explica Ivy Farias, autora do Super Guilherme contra o DIVOC- 19, livro personalizado para o garoto.
Para desenvolver a história, o primeiro ponto foi identificar os gostos da criança- no caso, superheróis. Uma vez que ele seria o protagonista, os outros personagens precisavam também estar em seu cotidiano, como o cachorro Gump e a gata Felicia. “A entrevista com os pais é fundamental para entender os hábitos da criança e a partir daí desenvolver uma narrativa”, comenta a autora.
No caso de uma pandemia, é importante seguir os protocolos das autoridades competentes: neste caso, Ivy buscou as orientações em manuais em inglês como da UNICEF e Save The Children. “Alguns pediatras franceses tinham orientado a falar a verdade para os pequenos com linguagem lúdica”, conta.
E, no universo infantil, nada mais lúdico que uma máscara. As de proteção individual ganharam superpoderes especiais na história de Guilherme, que teve uma festa diferente das anteriores. “O contato dele com o livro foi mágico: ele ficou mais encantado com tudo aquilo do que a ausência física da família e amigos”, diz Ivy.
Para a ilustradora Lulu Avalloni, conceber um universo customizado com uma história real também tem seus encantos: “A partir do briefing da autora estudei a família vendo os vídeos e fotos deles. Foi uma honra ter participado desta maneira do aniversário do Gui”.
Livros infantis customizados são uma alternativa de leitura. A autora, que também é jornalista e cursa Direito, desenvolve o trabalho não apenas para atingir um objetivo específico como o caso de Guilherme como também para a formação de autonomia. “Acredito que quando a criança se vê ali como protagonista consegue entender que na vida somos os autores da nossa própria história”, pontua.
A Palavistrinha é o selo infantil de A Palavrista- Histórias para serem contadas por Ivy Farias. A coleção “O Livro que você pediu para mim” é customizada. A família que deseja escrever a história de sua criança ou transformar a história de suas crianças em um livro o faz por encomenda. O processo também é feito com adultos que ver sua história numa perspectiva infantil.
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