Cássia Gomes, autora de "Flores que nascem por entre rachaduras" fala sobre o processo de elaboração de seu livro - diário.
Cássia Gomes* Publicado em 10/05/2022, às 06h00
Nos últimos anos entrei em um mergulho em mim mesma. O “empurrão” ao autoconhecimento veio por meio da dor.
Em meio à pandemia e todos os seus desafios impostos à sociedade, eu estive em luto após sofrer um parto reverso aos nove meses de gestação, de forma totalmente inesperada em 2019. Ao longo de mais de um ano me virei do avesso.
Nesse processo despenquei de uma “avalanche emocional”, e acessei um espaço meu de imensa conexão com arte para conseguir elaborar toda essa dor, e a coloquei em palavras no livro “Flores que nascem por entre as rachaduras”, lançado em 2021, pela Editora InVerso.
Eu, que sou mãe de Otávio, hoje com seis anos, me reinventei, me transformei para poder estar no mundo, de uma outra forma. Considero que renasci. Já, com Antônio, e sua curta existência, eu me transformei, para florescer por entre as rachaduras, as que surgiram após a sua ausência e as que já existiam.
Conforme eu cito no Prefácio: “O livro é breve, uma vez que na dor não existe delonga. Ela dói e ponto. Invocar a perda de um filho que nem sequer viu a cor do sol, e transferi-la ao papel foi uma maneira que encontrei de superar a mim; e quem sou hoje, eu mesma pari.”
Assim, essa obra, um exercício de arteterapia, é uma “mão estendida” a quem passa por perdas irreparáveis para a entrar em contato com suas próprias “sementes” e “raízes” para poder enxergar a primavera.
Autora: Cássia Gomes
Editora: InVerso
Formato: 15 cm x 18 cm
Número de Páginas: 70
Preço de Capa: R$ 48 Lançamento: 2021
Venda on-line do livro pela Editora Inverso
Para ouvir um trecho do livro com a voz da autora, acesse aqui
*Cássia Gomes é jornalista, atriz e locutora publicitária (Curitiba, Paraná)
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