Ligia Santos, ginecologista e obstetra, explica tudo sobre a laqueadura tubária
Fernanda Fernandes* Publicado em 19/11/2021, às 07h00
O planejamento familiar é uma decisão importante para se organizar, através dele você consegue se programar para engravidar ou se prevenir caso não queira ter filhos. Durante o planejamento muitas alternativas e diferentes métodos contraceptivos são apresentados, para você decidir qual das opções está de acordo com a sua vontade e com as suas recomendações médicas.
A laqueadura tubária é uma das opções disponíveis para quem quer fazer o planejamento familiar, e é um método muito utilizado mundialmente. Ela é opção para pessoas que não desejam mais ter filhos, por sua eficácia e por ser uma cirurgia definitiva – a partir dela a mulher fica impossibilitada de engravidar.
Mas como o método funciona? Quais são as formas de realizá-lo? Quem pode fazer? A Dra. Ligia Santos, ginecologista e obstetra, explica todas as questões referentes a esse procedimento. Além de demostrar em vídeo como a cirurgia é realizada.
Existem duas possibilidades de procedimento ao realizar a laqueadura, Ligia explica que uma das formas é denominada de laparotomia e a outra laparoscopia.
No procedimento da laparotomia é feito um corte na barriga - bem menor que de uma cesariana - para acessar as tubas uterinas. Já na laparoscopia, segundo a ginecologista são feitos “furinhos” na barriga.
A doutora explica que as duas técnicas são boas e eficazes, e que a maior diferença entre as duas é a recuperação.
Quando eu faço a Laparoscopia, a incisão é menor, a chance de ter infecção é menor e a cicatrização é melhor. É um método mais moderno”, afirma.
Ao longo do vídeo Ligia faz uma representação de como o procedimento é feito nas tubas urinárias, explicando o porquê não é mais possível engravidar após a cirurgia.
As duas técnicas são encontradas no SUS, mas não estão disponíveis em todos os hospitais.
O procedimento pode ser realizado em pessoas com mais de 25 anos e/ou mais de 3 filhos.
Ligia reforça que para quem está em uma união estável, é preciso o consentimento e a assinatura do companheiro para fazer a cirurgia. Além de dizer que é um processo que não pode ser feito na gestação.
Vale lembrar também que por ser uma cirurgia definitiva, após a decisão final, é necessário esperar 60 dias para fazer a laqueadura, pois é um período para repensar e ter certeza se essa é a escolha certa a tomar.
*Fernanda Fernandes é repórter do Papo de Mãe
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