pmadmin Publicado em 05/05/2010, às 00h00 - Atualizado em 04/12/2020, às 20h11
O texto de hoje é de autoria da nossa amiga Dra. Dorli Kamkhagi, que já participou algumas vezes do Papo de Mãe. Dorli é mestre em Gerontologia pela PUC-SP e psicóloga do Centro de Estimulação Cognitiva e Funcional do Idoso do Programa de Psicogeriatria do Hospital das Clínicas, além de colunista do site Delas.
Mães que amam demaisEscolhas certas ou erradas, amores que trazem dores, estes são alguns dos caminhos que os filhos precisam trilhar…Por Dorli KamkhagiDesde pequenos, vivemos em um estado de desamparo que precisa ser acolhido e bem adaptado na relação mãe e filho. A mãe desenvolve a capacidade de decodificar as mais tênues necessidades e, segundo Winnicott (psicanalista que desenvolveu teorias sobre as relações infantis), deve ser “suficientemente boa” na contenção das angústias e necessidades do filho.Conforme a criança vai crescendo e desenvolvendo suas habilidades, ela necessita de outros estímulos e relações para tornar-se saudável. A mãe, então, precisa aprender a lidar com as necessidades do filho, que se torna mais independente. Este seria um desenvolvimento harmônico e saudável, no qual ambos, filho e mãe, têm suas próprias necessidades. Mas, o que muitas vezes ocorre, é que muitas mulheres ficam totalmente aderidas a esta função e isso pode virar algo doentio, mães que não conseguem amadurecer e entender que seus filhos devem fazer voos solos.Não é fácil este momento, mas ele vai sendo criado por meio de uma história entre mãe e filho, no qual saímos do lugar de protagonista para vivermos um novo papel. Não menos importante se soubermos, claro, colocar os nossos desejos e cuidados em torno de um mundo que não necessariamente seja a vida de nossos filhos.Escolhas certas ou erradas, amores que trazem dores, empregos perdidos, estes são alguns dos caminhos que os filhos precisam trilhar para se perceberem como homens e mulheres completos. Algumas mães que amam demais precisam aprender a construir o seu próprio lugar. Este não é um lugar do vazio, mas o da transformação. Necessitamos nos rever e observar também a nossa trajetória para aceitarmos, de uma forma menos sofrida, que as relações precisam se basear no respeito, na confiança e nos limites.Fonte: http://delas.ig.com.br/colunistas/qualidadedevida/maes+que+amam+demais/c1237590195345.htmlAgora queremos saber a sua opinião: você se considera uma “mãe que ama demais”? Como você percebe isto no convívio com seu filho? Você consegue perceber as diferentes necessidades do seu filho em cada fase da sua vida? Você já conseguiu “construir seu próprio lugar” nesta relação? Reflita sobre o texto e compartilhe conosco a sua opinião!!DICAS DE HOJE!!!CINEMAProgramação CINEMATERNA – cinema para toda a família!São Paulo, 08/05, Sábado – Alice no País das Maravilhas (legendado e 3D)