Mariana Kotscho Publicado em 15/11/2020, às 00h00 - Atualizado em 18/11/2020, às 18h28
Por Raphael Preto Pereira.
O perfil do candidato professor no Brasil é mulher, negra e com ensino superior, como mostra um levantamento divulgado pelo site Quero Bolsa
Entre a categoria dos docentes, as mulheres representam 50,7% dos candidatos. No geral, a porcentagem de mulheres que disputam cargo público é de 33,1% – segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A legislação eleitoral exige que, no mínimo, 30% das candidaturas apresentadas pelos partidos sejam de mulheres. E em 2020, decisão semelhante foi tomada para incentivar a candidatura de pessoas negras.
Em agosto, o TSE decidiu que a distribuição dos recursos do fundo eleitoral e a divisão do tempo de TV e a divisão do tempo de Rádio e TV deve ser proporcional ao número de candidatos negros que cada partido apresentar.
Posteriormente, após uma consulta da deputada e candidata à prefeita do Rio de Janeiro, Benedita da Silva (PT-RJ), o tribunal decidiu que a regra começaria a valer apenas em 2022.
Mas em outubro, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal decidiu favoravelmente a uma ação do PSOL que pedia que a regra já vigorasse em 2020.
O cientista político Nauê Bernardo acredita que as candidaturas de professores, têm a ver com uma busca por representatividade. “O fato de mais professores estarem se lançando à política pode indicar que esse segmento da população se enxergou como capaz de entender o sistema, as demandas, e como trazer algum tipo de representatividade e melhoria para os seus eleitores”, acredita Nauê.
Entre as candidaturas de professores,49,3 % se declaram negros. Enquanto no geral, os pretos e pardos somam 49,94% dos candidatos.