pmadmin Publicado em 24/10/2013, às 00h00 - Atualizado em 06/10/2014, às 13h55
24 de outubro de 2013
Veja aqui o depoimento enviado pela nossa querida telespectadora Cassiana Mandri, de São Paulo, sobre este tema tão difícil.—Perdi a guarda da minha filha Gabriela para meus pais em 2007 pelo fato de ser usuária de drogas e, desde então, minha vida passou a ser muito mais difícil. Tudo começou quando eu percebi que não aguentava mais usar, precisava me tratar. Mas como a Gabi era pequenina e o pai dela também era usuário, pedi para meus pais ficarem com ela durante o período da internação (cerca de um mês), pois eu vinha de uma recaída.Porém, nesse período, eles procuraram advogado e moveram ação de guarda. Eu ainda estava internada quando eles me pediram para assinar um termo concordando com a guarda provisória a fim de que o pai dela não pegasse a guarda dela.Com a cabeça cheia de problemas e sem nenhuma orientação, caí no conto do vigário e assim que eu saí da clínica assinei o termo.Quando fui me dar conta, a guarda definitiva estava assinada pela juíza, inclusive dizendo que as visitas deveriam ser assistidas. Desde então minha vida se tornou um inferno porque nunca tive um bom relacionamento com eles – na verdade, eu nunca tive nenhum relacionamento com eles, desde pequena – e isso começou a afetar as visitas.Começaram então as brigas feias na frente da pequena, coisas inadmissíveis eram faladas normalmente como, por exemplo, xingamentos, palavras de baixo calão, e sempre me colocavam abaixo de zero, tudo na presença da minha filha.Fui então me afastando gradativamente para evitar esse tipo de constrangimento. Nem eu, nem minha pequena precisávamos daquilo. Quando percebi que não teria outra forma de estar com minha filha, entrei com um processo na justiça para regulamentação de visitas que, infelizmente perdura até hoje (mais de dois anos). Em retaliação ao fato de eu ter entrado com o processo, meus pais entraram com processo de reintegração de posse de um apartamento que eu moro (que é deles). Mas Deus é pai e eu não vou ficar com minha família na rua….Quando a juíza deu parecer favorável a mim, que eu poderia sair com minha filha, eles usaram de má fé e encheram a cabeça dela de coisas ruins a meu respeito (alienação parental) e ela se recusa terminantemente a sair comigo.Minha advogada está tomando todas as providências necessárias para mudar esse quadro, mas só eu sei o quanto é difícil ficar sem minha Gabriela. Estou sem o uso da droga desde minha internação há aproximadamente 6 anos. Casei novamente e tenho uma bebezinha de 7 meses que também é a razão da minha vida. Mas a dor da perda da Gabi não foi e jamais será superada. Tenho esperanças de que um dia tudo mude e ela mesma por si vai querer estar com a gente.Essa é parte de uma história sofrida da minha vida que tenho muita fé que um dia vai mudar. Vou ser vitoriosa e sair por cima de cabeça erguida…Agradeço muito a oportunidade de contar minha história a cada um de vocês e dizer que, aconteça o que acontecer, nunca percam a esperança de vencer, lutem bravamente, que o que é para ser, será….Beijossss, Cassiana Mandri.