A saúde ocular das crianças merece atenção desde os primeiros dias de vida do bebê. Dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica apontam que cerca de 60% das causas de cegueira ou de grave sequela visual infantil podem ser prevenidas ou tratadas quando detectadas precocemente.
Roberta Manreza Publicado em 02/05/2018, às 00h00 - Atualizado às 09h20
Por Dra. Erica Bicudo, oftalmologista
Crianças devem visitar o oftalmologista a partir dos seis meses de vida
A saúde ocular das crianças merece atenção desde os primeiros dias de vida do bebê. Dados da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica apontam que cerca de 60% das causas de cegueira ou de grave sequela visual infantil podem ser prevenidas ou tratadas quando detectadas precocemente. Realizar uma avaliação oftalmológica periódica, evitar a exposição prolongada dos pequenos aos eletrônicos e uma alimentação equilibrada são essenciais para uma visão saudável.
O sistema visual de uma criança tende a se estabelecer completamente entre 8 e 10 anos de idade, mas os problemas podem surgir com o bebê ainda recém-nascido. A conjuntivite química causada pelo colírio de nitrato de prata instilado logo após o nascimento é uma das doenças oculares. Outra disfunção comum é a obstrução do ducto nasolacrimal, que causa secreção nos primeiros meses do bebê e, geralmente, se desobstrui sozinho, segundo a Dra. Erica Bicudo, oftalmologista do HCLOE, rede que faz parte do grupo HOBrasil.
É preciso que as famílias observem qualquer sinal de dificuldade demostrada pelos pequenos em cada etapa do crescimento. As visitas periódicas ao oftalmologista devem fazer parte do calendário médico da criança, ao lado de outras especialidades. A médica explica que, caso não exista alterações notadas pelos pais ou pediatra, a primeira visita ao especialista pode ocorrer entre os seis meses e 1 ano de vida. O acompanhamento, por sua vez, deve ser anual.
Dra. Erica Bicudo reforça que, se houver indicação, a criança pode usar óculos desde o nascimento. A médica explica que quando há um problema de visão com grau elevado, a pessoa terá dificuldade em enxergar de longe ou de perto, o que será constatado em casa ou na escola. “Para quadros de hipermetropias ou astigmatismos não elevados, podem ocorrer dores de cabeça frontal, de fraca intensidade, durante ou pós o período escolar. Eventualmente a criança tem dificuldade em ler por período mais prolongado”, diz a oftalmologista, ao acrescentar que problemas ligados à refração – miopia, astigmatismo e hipermetropia –, estrabismo e ambliopia são os mais frequentes na infância.
Cerca de 80% das informações que processamos vêm da visão, ainda assim, muitas pessoas só procuram um oftalmologista quando têm dificuldades para enxergar ou apresentam algum sintoma incomum. O objetivo do “Abril Marrom” é justamente alertar sobre a importância da saúde ocular e combater doenças que causam cegueira como o glaucoma, a degeneração macular relacionada à idade e a retinopatia diabética. “Quanto antes começarem os cuidados com a saúde ocular, mais efetiva é a prevenção e o diagnóstico, caso exista alguma alteração”, finaliza a médica.
Sobre o HOBrasil
O Hospital de Olhos do Brasil (HOBrasil) nasceu em abril de 2016 a partir da união de médicos e do fundo de investimento Pátria, dando origem a um negócio pioneiro no setor oftalmológico do Brasil. O grupo aplica um novo modelo de gestão associativa que permite ampliar o poder de negociação, o ganho em escala e o acesso às tecnologias de alto custo, preservando a execução da oftalmologia humanizada e oferecendo tratamentos e serviços de última geração em diferentes regiões do País. No novo formato, o médico fica à frente do negócio, com participação nas decisões estratégicas, mas mantém o foco no exercício da medicina.
Atualmente, o HOBrasil é o maior grupo da América Latina em sua área de atuação, agregando oito redes oftalmológicas, 1400 colaboradores e 400 médicos oftalmologistas. O Instituto de Olhos Freitas (BA), DayHorc (BA) e Instituto de Olhos Villas (BA); Hospital Oftalmológico de Brasília e Grupo INOB (DF); Hospital de Olhos Santa Luzia (AL); Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (SC) e o HCLOE (SP) fazem parte dos associados, resultando em 19 unidades de atendimento.