Entrevista com Laís Fleury, coordenadora do Programa Criança e Natureza, do Instituto Alana, sobre a relação das crianças com a cidade grande, ainda mais agora num contexto de pandemia
Redação Papo de Mãe Publicado em 25/01/2021, às 00h00 - Atualizado às 11h56
A cidade de São Paulo faz 467 anos. Imaginem quantos milhões de bebês e crianças vivem na capital paulista e em outras grandes cidades do país. Mas como anda a relação destes pequenos cidadãos com o mundo fora de casa, ainda mais durante a pandemia?
Para a coordenadora do programa criança e natureza, do Instituto Alana, Laís Fleury, mesmo antes de começar o isolamento social a garotada já vivia mais fechada, sem passear pelas ruas, sem conhecer novos espaços, sem procurar pela natureza que ainda habita as cidades. “É preciso ocupar a cidade para criar um sentimento de pertencimento”, assim as crianças se tornam cidadãs e crescem com a preocupação de cuidar do local onde vivem.
Laís Fleury também ressalta a importância de políticas públicas para a primeira infância e de como governos municipais precisam priorizar isso nos seus planos de governo.
Ela dá algumas dicas para promover a relação da criança com a natureza mesmo dentro de casa: cuidar de plantas, mesmo que em pequenos vasos, deixar entrar o sol, manter janelas abertas para o ar circular.
Quando a pandemia passar, ocupar a cidade será ainda mais necessário. E os municípios precisam oferecer espaços saudáveis para as crianças e também para os adultos.