Com o aumento dos divórcios na pandemia, vem à tona outro assunto: o preconceito com filhos de pais separados
Redação Papo de Mãe Publicado em 20/01/2021, às 00h00 - Atualizado em 21/01/2021, às 12h22
Os divórcios aumentaram na pandemia. Para a especialista em desenvolvimento humano, Stella Azulay, colunista do Papo de Mãe, “os preconceitos com os filhos e filhas de pais separados ainda existem. Dizer que essas crianças e adolescentes têm problemas por causa da separação é puro mito”.
Ela explica que esses mitos se relacionam com a alienação parental após a separação. "Essas atitudes podem deixar sequelas graves na formação de caráter e comportamento dos filhos", diz.
Para Stella, o importante é a conduta do ex-casal durante a separação. É preciso agir como adultos maduros.
Pais bem resolvidos normalmente educam filhos bem resolvidos." (Stella Azulay)
Criar disputas com os filhos no meio, segundo a especialista, destrói as crianças e adolescentes por dentro. Atitudes infantis refletem na visão de mundo das crianças. "No primeiro momento não se vê, mas conta chega um dia e chega cara", assegura Stella.
No caso de casais que não se separam, mas mantêm um relacionamento "silenciosa" ou, até mesmo, abusiva, o impacto também é gerado na formação dos filhos. O mais importante, para ela, é manter uma relação com diálogo e, dessa forma, ser o melhor exemplo para as crianças.
Fica aqui registrado meu apelo aos pais, sejam casados ou separados: sejam maduros e responsáveis." (Stella Azulay)
Para a especialista, alienação parental é um crime. É uma vida desperdiçada brigando e um decreto terrível para os filhos. "Pode levar uma vida inteira para se recuperar disso, se essa recuperação de fato acontecer", finaliza Stella.
Construir lares e relacionamentos saudáveis aumenta a boa educação independentemente da relação dos pais.