Quais os impactos que a oligospermia pode ter na fertilidade do homem?
Dr. Alfonso Massaguer* Publicado em 11/10/2021, às 09h23
A oligospermia é uma condição que afeta a produção de espermatozoides. Contudo, apesar de parecer intimidador, vale ressaltar que, nesses casos, há a possibilidade de gerar filhos sim. O procedimento para alcançar esse objetivo inclui a busca pela ajuda de um profissional para indicar o melhor tratamento para cada caso.
Também conhecida como oligozoospermia, a oligospermia é uma condição que traz dificuldades para gerar um filho. Trata-se da diminuição do número de espermatozoides, ou seja, há pouca quantidade de espermatozoides no sêmen. Para que um paciente seja considerado acometido pela condição, a centralização de espermatozoides precisa ser menor que 15 milhões por ml de sêmen.
Essa condição pode ser temporária ou permanente. Algumas das causas da oligospermia incluem:
São os hormônios que regulam o funcionamento do corpo. Assim como os ciclos menstruais podem ser afetados por questões hormonais, com os homens não é diferente, e o desequilíbrio hormonal pode alterar a espermatogênese.
Nesses casos, são avaliados os hormônios testosterona, dosagem da prolactina, hormônio tireoestimulante (TSH) e hormônio folículo estimulante (FHS).
Entre as respostas do que é oligospermia e quais são suas causas está a varicocele. Essa é a dilatação anormal das veias dentro do escroto, bolsa em que se encontra nos testículos, nessa condição há um fluxo inadequado de sangue e há suscetibilidade de acúmulo de substâncias tóxicas.
Questões genéticas também podem estar atreladas a oligospermia e podem ter interferência na produção de espermatozoides quando há alterações nos cromossomos sexuais, como é o caso da Síndrome de Klinefelter.
Os hábitos do indivíduo também podem comprometer a espermatogênese. Para que isso não ocorra é interessante apostar em um estilo de vida mais saudável. Alguns hábitos que interferem são o estresse, alimentação inadequada, tabagismo, alcoolismo, entre outros.
Assim como o envelhecimento afeta o organismo de diversas maneiras, ele também pode afetar a qualidade da espermatogênese.
O diagnóstico geralmente ocorre quando há dificuldade na tentativa de procriar e o casal busca ajuda médica. Sendo assim, é necessário uma investigação da saúde reprodutiva nos cônjuges e ambos passam por exames.
No homem, são realizados exames laboratoriais para avaliar a produção de espermatozoides, grau e intensidade da doença.
Os tratamentos para a oligospermia podem ser cirúrgicos, medicamentosos, além de incluírem mudanças no estilo de vida e tratamento hormonal. Há a possibilidade de recorrer à reprodução assistida, pois o indivíduo possui a capacidade de fertilizar, porém há dificuldade nesse processo uma vez que a quantidade de espermatozoides é baixa.
As pessoas que desconfiam sofrer dessa condição, devem buscar ajuda de um profissional para que haja investigação adequada da espermatogênese. Caso se confirme, é preciso buscar as causas e apostar no tratamento correto para cada condição.
*Sobre Dr. Alfonso Massaguer - CRM 97.335
É Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas e atua em Reprodução Humana há 20 anos. Dr Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado), especializada em reprodução assistida. Foi professor responsável pelo curso de Reprodução Humana da FMU por 6 anos. Membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida, autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina, com passagens em centros na Espanha e no Canadá.
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