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Escolas e saúde: uma parceria fundamental

Entenda como as escolas podem ser parceiras para garantir o bem estar dos estudantes

Raphael Preto Pereira* Publicado em 01/06/2022, às 06h00

A parceria escola e saúde é fundamental
A parceria escola e saúde é fundamental

Embora um documento do Ministério da Saúde afirme que a testagem de estudantes e trabalhadores da educação deve ser prioritária não há movimento nas rede de ensino para oferecer a testagem em massa.

A professora  Patricia Canuto da Fundação Osvaldo Cruz afirma que a testagem em si nas escolas pode não ser tão importante. Para ela, o fundamental é ampliar a relação saúde-escola, a partir do diálogo das  escolas com as unidades de saúde. “Cada instituição de ensino tem uma unidade de saúde referência e precisa fortalecer seus laços com esses lugares”, afirma a educadora.

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Além disso, é importante pensar, junto com essas instituições de saúde e de educação, em uma maneira de fazer uma “busca ativa”, de casos e de problemas, como a falta de vacinação. Canuto explica que com o surgimento da COVID 19, as pessoas acabaram esquecendo das outras doenças. “É importante lembrar que temos doenças como o sarampo e a poliomielite - que as pessoas muitas vezes pensam que acabou. Mas a cobertura vacinal dessas doenças diminui cada vez mais, e elas estão voltando”, lamenta Canuto.

A relação entre escola e unidade de saúde é um ponto bastante importante de uma estratégia nacional que supera a existência da COVID e é fundamental para fortalecer políticas públicas. “As escolas podem e devem ajudar no processo de conscientização das famílias sobre a necessidade de vacinar as crianças”, acredita Patrícia. 

Busca Ativa: O que é e como fazer?

Patrícia explica que o primeiro passo para realizar a busca ativa é entender a realidade de cada lugar, sendo a escola um ponto muito importante para conseguir isso. “As escolas devem manter algum controle sobre a frequência dos alunos e identificar os motivos das faltas, ver se tem sintoma, falar com a família. São processos que vão além do protocolo para os estudantes”, explica a pesquisadora e professora da Fundação Oswaldo Cruz.  

Aumento de casos e obrigatoriedade de máscara

Por conta do aumento de casos de COVID, alguns municípios resolveram retroceder nos protocolos contra a COVID-19. As mudanças devem afetar principalmente as escolas que oferecem o ensino fundamental, já que é ali que está o maior “buraco” da vacinação:  no público de até 5 anos.

Santo André, por exemplo, na região do ABC paulista, já obrigou novamente o uso de máscaras. E diversos especialistas defendem que elas voltem a ser obrigatórias em locais fechados.

*Raphael Preto Pereira é jornalista

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