Mariana, que tem deficiência visual, é mãe da Alice, de 7 anos, que tem paralisia cerebral. Uma entrevista repleta de emoção e humanidade
Redação Papo de Mãe Publicado em 24/01/2021, às 00h00
Neste podcast do Papo de Mãe, Mariana Kotscho e Roberta Manreza analisam a nova Política Nacional de Educação Especial. Por que especialistas em inclusão e famílias que vivem essa luta estão falando em retrocesso?
Elas entrevistam Mariana Rosa, jornalista e consultora em educação pela inclusão. Aqui ela explica porquê a nova política nacional de educação especial é um retrocesso e o decreto, inconstitucional. Mariana, que tem deficiência visual, é mãe da Alice, de 7 anos, que tem paralisia cerebral.
Mariana conta sobre a importância de se afirmar como uma pessoa com deficiência como lugar político. Alice nasceu prematura e, com 40 dias de vida, teve uma parada cardiorrespiratória.
Para ela, o nascimento da filha mudou drasticamente a sua visão de mundo. Mariana diz que uma em cada quatro pessoas têm deficiência, mas essas pessoas continuam sendo segregadas.
Sobre o capacitismo, a entrevistada comenta que o preconceito acontece quando a pessoa não é considerada ideal e, por isso, é considerada incapaz. "A gente acaba expressando o capacitismo sem perceber e a gente só consegue mudar isso experimentando a inclusão", diz.
Mariana escreveu o livro "Diários da mãe da Alice" sobre o primeiro ano de vida da filha. "O livro é uma declaração de amor", afirma. Nele, ela se refere à sua maternidade como "maternidade atípica", mas, hoje, compreende isso de um jeito diferente.
Hoje eu entendo a maternidade como maternidades, no plural. Cada mãe vive a sua." (Mariana Rosa)
Uma entrevista repleta de emoção e humanidade. Lugar de criança com deficiência é na escola e onde mais ela quiser.