O programa Inclua Mundo mostra o trabalho da Gerando Falcões: a realidade da deficiência intelectual nas periferias
Inclua Mundo* Publicado em 29/07/2021, às 18h55
Programador, DJ e design gráfico. Estas são apenas algumas das habilidades do Geovani de Sousa. Porém, a história dele, que começou há 20 anos não teve início simples. Até obter o diagnóstico de deficiência intelectual, quando alguém é caracterizado por um funcionamento cognitivo e comportamental abaixo de sua idade cronológica, sua mãe Cristiane de Sousa percorreu um longo caminho com o primeiro filho. "Ele era um bebê que chorava muito e não melhorava com nada", ela conta.
Na escola, ele ficava isolado e até trancado numa sala. A mãe buscava por um diagnóstico, que aos 7 anos veio como TDAH, depois como deficiência intelectual leve e apenas há 3 anos, a conclusão: autismo.
A Gerando Falcões é uma ONG que atua em rede para combater a pobreza e a desinformação ao trabalhar a inclusão nas comunidades. O objetivo é promover a capacitação de educadores, que são a referência para a maioria das crianças. Lemaestro, cofundador da Gerando Falcões, conta que quando não há informação, a inclusão não existe e a pessoa com deficiência intelectual acaba sendo tratada como incapaz. "A gente capacita o professor, que é referência pro aluno e pra família", reforça ele.
O professor bem preparado jamais colocaria um menino como Geovani isolado num quartinho sozinho, como aconteceu quando ele era pequeno. Com as oportunidades de aprender que foram surgindo, também oferecidas pela ONG, a mãe conta que o comportamento de Geovani mudou e para melhor. Ele fez vários cursos como pintura, DJ e informática.
Diversidade não é só eu ser aceito, diversidade é aceitar. (Lemaestro, Gerando Falcões)