A colunista do Papo de Mãe, Ligia Santos, ginecologista e obstetra, explica sobre as possíveis disfunções da glândula tireóide na gestação
Redação Papo de Mãe Publicado em 22/02/2021, às 00h00
A tireóide é uma glândula localizada no pescoço que merece atenção especial durante a gestação. Duas doenças podem se desenvolver na gravidez: hipotireoidismo ou hipertireoidismo. A ginecologista e obstetra Ligia Santos explica que a glândula tireóide é responsável pela produção de hormônios importantes para nosso metabolismo, que controlam batimentos cardíacos, movimentação intestinal, capacidade cerebral, ciclo menstrual, entre outros.
Na gravidez, alterações nesses hormônios podem atingir a mãe e também o feto.
Neste caso, se a mulher apresenta este problema antes da gestação, isso pode inclusive ser uma das causas da dificuldade em engravidar, pois a mulher apresenta ciclo menstrual irregular e muitas vezes não ovula. Mas é possível tratar e controlar o problema, até para ajudar a engravidar.
É preciso ficar atento ao hipotireoidismo sub clínico, que não apresenta tantos sintomas evidentes, e daí só vai descobrir na gravidez durante o pré-natal. Há exames que fazem dosagem de hormônios. De qualquer maneira, é bom prestar atenção aos seguintes sintomas (que são parecidos com os de o começo de uma gestação e podem confundir):
Os sintomas neste caso são bem diferentes. Mas igualmente podem atrapalhar mulheres que estão tentando engravidar. No caso de uma gestante, o bebê pode ser afetado. Os sintomas mais comuns são:
Os riscos para o bebê, quando a gestante tem alterações na tireóide, são alterações de peso, na própria tireóide e cognitivas: dificuldades no desenvolvimento cerebral. Por isso, o pré-natal adequado é fundamental. Com diagnóstico precoce, é possível tratar e assim evitar as sequelas.