A dor na coluna pode ocorrer em diferentes fases da vida devido ao sedentarismo, sobrecarga, circunstâncias laborais ou mesmo predisposição genética
Redação Papo de Mãe Publicado em 30/04/2022, às 06h00
A dor na coluna, que pode atingir as regiões cervical, dorsal e lombar, tem um potencial incapacitante importante e ganhou especial atenção com a adesão ao trabalho remoto em certos setores, desde o início da pandemia de Covid-19. “É uma das principais doenças ocupacionais e tem uma morbidade bem prevalente na população em geral mesmo não estando relacionada ao trabalho”, alerta o Dr. Marcelo Ares, coordenador da fisiatria do Hospital Ortopédico da AACD.
Dados do Ministério do Trabalho de 2021 mostram que a dor na coluna ou mesmo costas é considerada o segundo motivo de afastamento do trabalho no país e está entre as doenças que mais acometem trabalhadores no Brasil, bem como foi responsável por mais de 55 mil pedidos de afastamento de trabalhadores entre janeiro e julho de 2021 por doenças ocupacionais de origem ortopédica no ano.
“A dor nas costas é um problema mundial, mas é possível minimizar o impacto, quer seja social, econômico e emocional, mediante o diagnóstico e tratamento corretos. Sabemos que pode aparecer em qualquer idade, mas as causas são diferentes e podem estar relacionadas a hábitos, posturas inadequadas, trabalho e faixa etária”, explica o especialista.
Ele explica ainda que, apesar de ser bastante comum, alguns sinais de alerta devem ficar no radar porque podem indicar problemas mais graves. É preciso estar atento se a dor desperta o paciente durante a noite, quando se espalha para braços ou pernas, se ocorre em pacientes que já tiveram doenças como o câncer e se atinge crianças ou adolescentes.
Marcelo Ares alerta para o mito de que interromper atividades e buscar o repouso absoluto sejam a melhor forma de tratar ou evitar a dor na coluna. Segundo ele, o afastamento prolongado não proporciona benefícios ao paciente porque, dependendo do diagnóstico e tratamento, pode ser melhor voltar ao movimento o mais rápido possível. Com o tratamento adequado, o paciente pode praticar exercícios e ainda aprender, da forma correta, a carregar mochilas, se virar e levantar, pegar e carregar pesos e definir a altura e o posicionamento do travesseiro.
Como prevenção, ele lembra que as principais orientações são: praticar atividades físicas, estar atento à postura corporal e à ergonomia de trabalho e evitar o estresse nas articulações por sobrecarga ou por inatividade, que causa o enfraquecimento muscular.
Fundado em 1993, o Hospital Ortopédico AACD atende pacientes ortopédicos de todas as idades, via SUS, convênio e de forma particular. É especializado no tratamento da escoliose, patologias da coluna e ortopedia pediátrica. Também realiza procedimentos de pé, mão, joelho, ombro, quadril, entre outros. São em média 7 mil cirurgias por ano.
Referência em assistência médica de alta complexidade, a unidade conta com um Centro de Excelência em Escoliose que oferece as melhores opções de tratamentos às deformidades da coluna. O complexo hospitalar contempla ainda um Centro de Diagnóstico, um Centro Médico e um Centro de Terapia.
A excelência do trabalho realizado levou a duas conquistas importantes de acreditações internacionais – a canadense Qmentum, que orienta e monitora padrões de alta performance em atendimento, e a norte-americana Planetree, que posiciona a instituição como referência em atendimento humanizado, com cuidado centrado na pessoa.