Seus filhos também estão interessados pelos Fidget Toys? A pedagoga Larissa Fonseca explica como essa nova mania pode ser positiva para os pequenos
Larissa Fonseca* Publicado em 06/07/2021, às 15h24
Você se pergunta se essas “manias” são saudáveis e positivas ou são somente “modismos” para possivelmente incentivar o consumo?
Os Fidget Toys são basicamente brinquedos sensoriais cujo manuseio e exploração podem estimular o bem-estar.
Por meio do toque e sons, assim como outros brinquedos e materiais sensoriais, é possível que eles auxiliem no alívio temporário da ansiedade e do estresse.
Além disso, a partir de seus sons, texturas e demais possibilidades de estímulos que proporcionam, é possível que também auxiliem no desenvolvimento da praxia fina, destreza, concentração e entretenimento, não só para crianças como também para adultos e idosos.
Não há estudos científicos conclusivos sobre esse material específico, no entanto, são considerados como mais uma opção de ferramenta sensorial interessante. Isso porque, é muito comum que, tanto as crianças, quanto adolescentes, jovens, adultos e idosos, realizem ações repetitivas em resposta a situações estressantes ou de ansiedade.
Alguns roem as unhas, outros “cutucam” a pele, movimentam o cabelo, “batucam” em superfícies, mordiscam pontas de lápis, etc. Esses comportamentos muitas vezes são involuntários e nem sempre percebidos por quem os executa. Algumas vezes, eles podem até causar ferimentos (por exemplo, arrancar pedacinhos de pele dos dedos) e afetar a saúde. A hipótese é de que esse tipo de ação e comportamento sejam mecanismos de defesa utilizados pelo cérebro para “distrair” e “mudar o foco” do aborrecimento.
Por isso, esses brinquedos considerados "antiestresse" podem ser bastante benéficos. Eles serviriam para substituir esses possíveis comportamentos nocivos e atuarem nos momentos de ansiedade e estresse.
Aliás, eles fazem parte da nossa vida há muitos anos. Mais recentemente tivemos os spinners, mas massinhas de modelar, cubo mágico, ioiô dentre outros brinquedos e jogos que promovem esses padrões e ações repetitivas sempre estiveram presentes em nossas vidas e podem contribuir positivamente para o desenvolvimento cognitivo, motor e emocional das crianças e adultos.
*Larissa Fonseca é Pedagoga e NeuroPedagoga graduada pela USP, Pós Graduada em Psicopedagogia, Psicomotricidade e Educação Infantil.
Especialização em Parental Coaching pelo Professional Course Educational Corp. de Orlando/FL/EUA, no Universo do Brincar pelo centro de Estudos Filosóficos Palas Athena, em Psicanálise e Educação pelo Instituto de Psicologia da USP, em Comportamento e Desenvolvimento Infantil e em Principais Psicopatologias da Infância e Adolescência.