Conheça a história de adoção de Elisangela Zangrande e a conexão com seus familiares
Elisangela Zangrande* Publicado em 25/05/2022, às 22h20
Minha mãe tentou vários anos engravidar, mas com poucos meses perdia, até que resolveu adotar uma criança. Primeiro veio meu irmão, foi abandonado na porta de um convento recém nascido. De tanto ele pedir uma irmã, meus pais resolveram adotar mais uma criança. Logo veio a informação de uma moça que não poderia ficar com a filha e iria colocar pra adoção.
Então, em 1977, meus pais foram me buscar com 3 dias de vida, fui registrada como parto normal em casa. Tive a sorte de ter uma família maravilhosa, me contaram sobre a adoção com 5 anos, mas isso nunca fez diferença pra mim, tive todo amor de mãe, pai e irmão. É inexplicável essa conexão que temos!
Sempre me perguntam se tenho vontade de conhecer minha família biológica. Antes eu não tinha, não via necessidade, mas depois que meu pai faleceu, tive um sonho com ele em que ele dizia pra procurar uma pasta no meio de seus documentos, que tinha tudo que eu precisava pra encontrar minha mãe biológica. E não é que encontrei todos os documentos? Nome da mãe, do pai, hospital de nascimento, cidade, quarto, tudo!
Até hoje guardo esses documentos pra um dia quem sabe ir atrás de toda história por trás da minha doação, mas no momento acho que seria uma dor muito grande pra minha mãe, que me criou, me educou, aguentou firme minhas birras, ficou comigo inúmeros dias quando fiquei internada, dormia ao meu lado quando tinha medo, me acolheu quando engravidei, me ajudou a cuidar e criar minha filha... São tantas coisas que ela fez por mim que não me sinto no direito de procurar por outra pessoa.
E por fim quero dizer que sempre quis adotar um filho, mas a vida me levou por caminhos diferentes!
*Elisangela Zangrande é dona de casa.
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