Estudos mostram que o canabidiol é eficaz no combate a dores e outros sintomas causados pela endometriose e TPM
Redação Papo de Mãe Publicado em 09/06/2022, às 06h00
Trabalhar fora, cuidar da casa e dos filhos e praticar exercícios físicos são algumas das atividades que fazem parte do dia a dia de várias mulheres. Com uma rotina tão movimentada, grande parte do público feminino enfrenta dificuldades em manter uma boa qualidade de vida e cuidar da saúde com frequência. Nesse sentido, a cannabis medicinal tem se mostrado como um forte aliado em promover o bem-estar entre as mulheres.
Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 10% das mulheres em todo mundo são atingidas pela endometriose. No Brasil, 15% da população feminina receberam esse diagnóstico. Essa condição afeta o tecido que normalmente reveste o útero, fazendo com que ele cresça fora do órgão o que causa muita dor e irregularidades na menstruação.
Com isso, estudos apontam que o tratamento com canabidiol (CBD) consegue reduzir os sintomas. “A endometriose é uma doença crônica feminina, com um papel inflamatório bem estabelecido. Através do sistema endocanabinoide, presente em diversos órgãos e tecidos do nosso organismo, a terapia canábica tem ação. Diversas pesquisas evidenciam a redução de substâncias pró-inflamatórias. Dessa forma, ao reduzir as vias inflamatórias ocorre uma melhora nos sintomas da endometriose”, afirma Pedro Alvarenga, médico da Ease Labs, grupo empresarial especializado em produtos à base de cannabis para uso medicinal.
Vale ressaltar que o Sistema Endocanabinoide (SE) desempenha um importante papel na saúde, já que ele é o responsável por manter o equilíbrio das funções do corpo humano como o sono, dor e imunidade. Dessa forma, quando os endocanabinoides são estimulados pelo tratamento, eles atuam regularizando o organismo e contribuem para o alívio de vários sintomas, como a dor gerada pela endometriose.
Um ponto de destaque é que o potencial terapêutico do CBD vai além da redução da dor. A cannabis medicinal, de acordo com pesquisas do Jornal Americano de Patologia, também é capaz de impedir que o tecido, que se distribuiu fora do útero, inflame e se prolifere.
“No entanto, é importante destacar que grande parte desses resultados foram obtidos de pesquisas experimentais, mas mostram resultados animadores acerca da abordagem terapêutica da endometriose e que com o avanço das pesquisas, o tratamento à base de cannabis pode mudar a vida de muitas mulheres”, acrescenta Alvarenga.
A cannabis medicinal também tem mostrado grande potencial para diminuir os efeitos da TPM, condição que afeta 80% das mulheres brasileiras, segundo dados do Ministério da Saúde.
Durante o período pré-menstrual grande parte do público feminino apresenta sintomas como cólicas intensas, irritabilidade, alteração do sono, dores de cabeça e sensibilidade dos seios. “A terapia canábica já é conhecida como nova abordagem desses sintomas. Dessa forma, os efeitos do CBD na mulher em idade fértil se dão principalmente no controle sintomático, com consequente melhora da qualidade de vida global do público feminino”, destaca o médico.
Ou seja, os produtos à base de cannabis medicinal são capazes de combater diversos sintomas que as mulheres enfrentam ao longo da vida. Por isso, avançar nas pesquisas e nos tratamentos é fundamental para que o público feminino possa ter uma vida mais saudável e confortável.
“É essencial que a comunidade científica e a população discutam mais sobre o tema. Com os avanços científicos e os resultados positivos com a cannabis medicinal, esse tema está em voga. Além disso, trabalhar aspectos sociais como o preconceito sobre a terapia canábica é fundamental. Muitos pacientes, principalmente do público feminino, têm dúvidas e questionamentos sobre esse tratamento, e a informação correta, acompanhamento e utilização de produtos de excelência trazem resultados positivos para esse perfil de paciente”, afirma Alvarenga.
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