Não foram apenas os pais e cuidadores brasileiros que sentiram os efeitos da Covid-19 na educação das crianças, segundo levantamento da Kantar
Redação Papo de Mãe Publicado em 10/09/2021, às 16h33
Já não é mais novidade que a pandemia da Covid-19 trouxe consequências enormes para diversas famílias. Mães, pais, filhos e filhas tiveram que se adaptar a um "novo normal", e com isso, muitas coisas mudaram nas rotinas dentro de casa.
Segundo a pesquisa da empresa Kantar, que conversou virtualmente com mais de 5 mil pessoas dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Brasil, Alemanha, Índia, China e Cingapura, um em cada quatro pais acredita que a educação do filho foi afetada. Não é uma realidade apenas brasileira.
Globalmente, a educação foi um dos principais setores a sofrer com os efeitos da crise sanitária. Com as escolas fechadas, o ensino à distância (EAD) se tornou primordial para manter os estudos em dia, no entanto, nem todas as crianças tiveram acesso a ele, e também com as diferentes realidades e dinâmicas socio-econômicas, cada criança ou adolescente lidou de uma maneira com as aulas on-line.
A pesquisa do Kantar ainda revelou que 31% dos pais e cuidadores sentiram que o desenvolvimento social de seus filhos foi impactado de alguma maneira. Os profissionais da saúde (cerca de 1.249 profissionais da saúde dedicados à infância foram escutados) endossaram tal afirmação. Na França, por exemplo, 91% dos médicos ouvidos disseram acreditar que a saúde mental das crianças foi bastante afetada.
Em contrapartida, as mulheres também tiveram uma sobrecarga emocional preocupante. De acordo com o estudo, 78% das mães disseram ter assumido a responsabilidade da educação dos filhos, e 15% até abandonaram seus empregos por isso.
No geral, 61% dos pais e cuidadores revelaram se sentir mais confiantes em suas "habilidades parentais" em comparação ao período pré-pandemia.
No Brasil, ao contrário de outros países que fizeram parte do levantamento, movimentos de justiça social como Black Lives Matter e de apoio social ao gênero não binário e à identidade LGBTQ + tiveram impacto positivo entre jovens de até 22 anos. Quase metade dos pais brasileiros relataram sentir que esses movimentos (46% e 49%, respectivamente) trouxeram benefícios para a formação de seus filhos.
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